O Zolpidem se tornou uma solução comum para muitos brasileiros que combatem a insônia. No entanto, descontinuar o uso do medicamento pode ser um obstáculo significativo, exigindo acompanhamento médico e estratégias individualizadas.
Dados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) revelam que a prescrição de hipnóticos como Zolpidem e Clonazepam no Brasil disparou em 50% entre 2020 e 2023; apenas no primeiro semestre de 2024, o crescimento foi de 12%. Esse aumento é atribuído, em parte, aos impactos da pandemia de COVID-19, que geraram estresse, ansiedade e distúrbios do sono na população.
Embora o Zolpidem seja eficaz para induzir o sono a curto prazo, o uso prolongado pode levar à dependência física e psicológica. Quando o indivíduo interrompe o consumo, sintomas como insônia, irritabilidade, ansiedade, tremores, sudorese e até mesmo convulsões podem surgir, caracterizando a síndrome de abstinência.
Um estudo recente publicado no Brazilian Journal of Psychiatry descobriu que 65% dos pacientes que utilizaram Zolpidem por mais de seis semanas apresentaram sintomas de abstinência após a descontinuação abrupta do medicamento.
Para evitar esses efeitos indesejáveis, é importante que o processo de desmame do Zolpidem seja gradual e sob supervisão médica especializada. O médico definirá um plano individualizado de redução da dosagem ao longo de semanas ou meses, minimizando os sintomas de abstinência e aumentando as chances de sucesso.
Além da medicação, o tratamento para a insônia crônica deve incluir medidas não farmacológicas, como terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I), técnicas de relaxamento e mudanças na higiene do sono.
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