Nos últimos anos, a ideia de vender medicamentos em supermercados tem ganhado força, especialmente com o argumento de praticidade e conveniência para os consumidores.
No entanto, essa proposta pode trazer sérios riscos à saúde e à segurança da população, além de enfraquecer o papel dos profissionais de saúde no processo de orientação e cuidado. Isso sem falar sobre a possibilidade do fechamento de pequenas farmácias com o aumento da concorrência.
A venda indiscriminada de medicamentos em estabelecimentos não especializados, como os supermercados, representa uma ameaça que não deve ser subestimada pela sociedade.
Participe desta ação!
Com o intuito de mostrar para a sociedade e também para o setor varejista farmacêutico os impactos negativos do Projeto de Lei (PL) 1774/19, a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) e a Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (Abcfarma), se uniram para lançar uma campanha que alerta sobre os riscos da venda de medicamentos em supermercados.
A iniciativa também engloba um abaixo-assinado on-line, no qual a população pode manifestar seu repúdio ao PL. Além dos riscos à saúde pública, as entidades demonstram preocupação com os impactos econômicos dessa medida sobre o varejo farmacêutico independente, representado pela Abcfarma. O Brasil conta com mais de 93 mil farmácias, que atendem 99% da população, sendo que 53 mil dessas são de pequeno porte, optantes pelo Simples.
“Esses estabelecimentos oferecem uma ampla gama de produtos e serviços, como vacinação e curativos, funcionando todos os dias do ano. Além disso, geram empregos, contribuem com impostos e são essenciais para a economia local. A venda de medicamentos isentos de prescrição é crucial para sua sustentabilidade. A redução dessa venda poderá levar ao fechamento de muitos estabelecimentos e à perda de empregos. Quem realmente se beneficiaria com isso?”, questiona o CEO da Abrafarma, Sergio Mena Barreto.
A mobilização recebe apoio de importantes entidades, como conselhos de classe, sindicatos da área, além de instituições como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Saúde (CNS), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde (CONASEMS) e a Sociedade Brasileira de Toxicologia. “Vamos usar as redes sociais e incentivar cada farmácia a divulgar a campanha em suas lojas, conscientizando seus clientes. A hashtag #RemedioTemLugarCerto expressa nossa preocupação: medicamentos não podem se transformar em mercadorias e colocar em risco a saúde da população”, reforça Mena Barreto.
Com o exemplar do Revista Guia da Farmácia, edição de maio, você recebe um encarte, para afixar no balcão da sua farmácia. Se preferir, deixe-o disponível para uma conversa com os clientes a respeito do tema. Vamos criar um movimento local na cidade em apoio ao canal.
Acesse o QR Code e assine esse abaixo assinado!
Discussão sobre esse post