A Saúde do Ceará teve o segundo melhor desempenho no indicador de cura de novos casos de tuberculose pulmonar do Brasil. A certificação do resultado ocorreu na reunião anual das coordenações estaduais e municipais (de capitais) da doença, em Brasília, neste mês de outubro.
No estado, 43,5% dos municípios com mais de cem mil habitantes atingiram a meta estratégica para o Plano Nacional Pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública. O objetivo era alcançar pelo menos 76% de cura dos casos da doença registrados.
O Ceará ficou atrás apenas do Amapá, que teve 50% das suas cidades com a meta atingida. O Acre foi o terceiro estado certificado, com 40,9% de seus municípios. Dados são referentes ao primeiro semestre de 2023.
A enfermeira Talyta Neves, que atua no Grupo Técnico de Tuberculose e Hanseníase da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Ceará, representou a Sesa no evento. Para ela, o resultado reflete os esforços da equipe. “Essa certificação traz muito orgulho, pois é um reconhecimento formal do Ministério da Saúde ao trabalho de combate à tuberculose, que vem sendo realizado com a participação de gestores, profissionais da assistência dos três níveis de atenção à saúde e sociedade civil. Ainda precisamos avançar muito, mas receber esse reconhecimento nos faz saber que estamos no caminho certo”.
O evento reuniu cerca de 52 coordenadores de todo o país para discutir a situação da tuberculose no Brasil, alinhar estratégias e recomendações nacionais para a eliminação e compartilhar experiências bem-sucedidas.
Neste ano, a tuberculose passou a fazer parte da Política de Incentivo às Ações de Vigilância, Prevenção e Controle de HIV, Aids, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde.
Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública
O Plano foi iniciado em 2021 e tem como objetivo oferecer subsídios para que gestores em saúde e coordenadores dos programas de tuberculose possam traçar ações estratégicas de controle da doença.
Dentre as metas estipuladas pela iniciativa estão a redução da incidência da doença para menos de dez casos para cada cem mil habitantes, além da diminuição para uma morte por cem mil habitantes até o ano de 2025.
O Plano é baseado nas recomendações da Estratégia pelo Fim da Tuberculose da Organização Mundial de Saúde (OMS) e se divide em três pilares. O primeiro diz respeito à prevenção, diagnóstico e tratamento de todas as formas da doença, além da intensificação das atividades sobre HIV e ações de prevenção para populações vulneráveis. O segundo pilar trata das políticas e sistemas de apoio e o terceiro, às parcerias para pesquisas e tecnologias para aprimorar o controle da tuberculose.
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