Ter uma farmácia em casa bem equipada pode evitar contratempos durante situações cotidianas, como febre, cortes ou crises alérgicas. Dessa forma, montar um kit completo não substitui o acompanhamento médico, mas permite agir rapidamente enquanto o atendimento profissional não acontece.
A seguir, veja o que incluir, como armazenar e quando revisar sua farmácia doméstica.
Por que é importante ter uma farmacinha em casa?
As crianças brincam e às vezes elas podem tropeçar e se machucar. Quem nunca teve uma dor de cabeça forte no meio da madrugada e não encontrou uma farmácia aberta? Essas situações são comuns e não escolhem hora para acontecer.
Por isso, ter uma farmácia doméstica organizada, com itens básicos como antitérmicos, curativos e antialérgicos, faz toda a diferença.
Tendo uma farmacinha em casa você ganha tempo, evita correria e consegue agir na hora para aliviar o desconforto até conseguir ajuda médica, se for o caso.
Além disso, manter os medicamentos em dia, dentro da validade e bem guardados é uma forma simples, mas poderosa, de cuidar da sua família.
O que não pode faltar na sua farmacinha?
A farmácia doméstica precisa atender às necessidades da rotina da casa. É por isso que os itens devem incluir produtos voltados para alívio de dores, controle de febre, primeiros socorros e alergias.
Veja o que não pode faltar:
- Analgésicos e antitérmicos para dores e febre;
- Curativos, como gazes, esparadrapos, bandagens e ataduras;
- Antissépticos, como álcool 70%, clorexidina ou povidona;
- Termômetro digital para controle de temperatura;
- Inaladores e soro fisiológico, especialmente em casas com crianças ou idosos;
- Antialérgicos orais e tópicos, conforme recomendação médica.
Dicas de como montar sua farmacinha em casa
A organização da farmácia caseira é fundamental para o acesso rápido aos itens quando o tempo faz diferença.
Mas antes de montar o seu kit, pense não só nos itens que ele vai conter, mas também em como eles serão armazenados.
Algumas orientações simples podem fazer toda a diferença na hora de encontrar o que você precisa, sem correr riscos e sem deixar nada importante de fora:
- Separe os medicamentos por tipo de uso: organize os itens em grupos como: febre, dor, alergias e ferimentos;
- Use caixas organizadoras, mas mantenha as embalagens originais: prefira caixas com divisórias ou compartimentos, desde que permitam guardar os medicamentos em suas embalagens originais, isso porque elas protegem o conteúdo e contêm informações importantes, como validade, dosagem e modo de uso;
- Guarde as bulas junto aos respectivos medicamentos: se possível, prenda a bula com um elástico ou coloque dentro da própria caixinha, isso evita que elas se percam e permite consultas rápidas quando necessário;
- Identifique com etiquetas de validade visíveis: mesmo com a embalagem original, vale destacar as datas de validade em etiquetas externas. Isso facilita a checagem periódica e o descarte do que não serve mais.
Como armazenar a sua farmácia doméstica corretamente
Fatores como temperatura, luz e umidade influenciam diretamente na conservação dos medicamentos. Portanto, o local onde você guarda sua farmácia caseira faz toda a diferença.
Ao contrário do que muita gente acredita, banheiros e cozinhas não são os locais ideais para o armazenamento desses itens, isso porque esses ambientes sofrem variações constantes de temperatura e costumam ter níveis altos de umidade, o que pode comprometer a conservação dos remédios e reduzir sua eficácia com o tempo.
A melhor opção é guardar os medicamentos em um armário fechado, seco, arejado e longe da luz direta do sol. Para ter ainda mais segurança, especialmente em casas com crianças, prefira armários altos e, se possível, com travas.
Outro cuidado importante é não descartar as embalagens originais, elas contêm informações importantes como a data de validade do medicamento, o número do lote e a posologia.
Quando revisar sua farmacinha?
A farmácia doméstica também precisa de manutenção. Reserve um tempo para revisar os itens com regularidade para que tudo esteja em boas condições quando for necessário o uso.
A Anvisa orienta a verificar regularmente as condições de armazenamento, validade e integridade dos medicamentos, embora não estipule um intervalo exato.
Os farmacêuticos, por exemplo, costumam sugerir a revisão mensal ou bimestral, dependendo do uso da farmácia e da presença de itens perecíveis, como xaropes e pomadas. A seguir, veja o que deve ser revisto:
Validade: verifique as datas de vencimento de todos os medicamentos e descarte o que estiver fora do prazo;
Condições das embalagens: confira se as caixas e frascos estão fechados corretamente, sem rachaduras, vazamentos ou alterações no aspecto do produto;
Uso recente: substitua itens que foram abertos há muito tempo ou usados nas últimas semanas, especialmente pomadas, colírios e xaropes, que costumam ter prazo curto após abertos;
Reposição: reponha os produtos que foram consumidos, para que o kit continue completo e funcional.
Descarte: nunca jogue medicamentos vencidos no lixo comum ou no vaso sanitário. O descarte incorreto pode contaminar o meio ambiente. A recomendação é levá-los a farmácias que ofereçam coleta de resíduos farmacêuticos ou aos pontos de descarte indicados pela prefeitura da sua cidade.